domingo, 13 de fevereiro de 2011




Utilizações do m-learning

Há uma conclusão de pesquisa sobre EaD que revela que não são as tecnologias, com características pedagógicas que têm sucesso na EaD, mas sim as tecnologias que estão espontaneamente acessíveis aos cidadãos.
O campo das tecnologias sem fios está a desenvolver-se avidamente. Os indivíduos podem estar simultaneamente em conversação, através do vídeo, com a Internet e email em funcionamento num só dispositivo, sem que seja necessário suspender um serviço em detrimento de outro.
Para explorar os avanços das tecnologias móveis urge transformar os ambientes tradicionais de aprendizagem em espaços de aprendizagem mobilizados. Os desafios relacionados com os recursos limitados, dos dispositivos móveis, devem ser transpostos e ajustar-se aos serviços e infra-estruturas já existentes.
Para Keegan (2006), conseguir a integração entre os participantes no processo de aprendizagem é um benefício que tem de ser suportado com serviços de confiança. Funções colaborativas como fóruns, chats, notícias e serviços de mensagens deverão estar disponíveis para alunos e professores. Um dos factores chave da mobilidade é pois a colaboração.
Quando o conteúdo é concebido para o estudante “móvel”, quem o concebe deve desenvolver cenários de aprendizagem que possam fornecer guias de orientação para a mobilização dos conteúdos. Obter o conteúdo de aprendizagem no local certo e no momento certo torna a aprendizagem formal e informal mobilizáveis, ou seja, sempre acessíveis através, por exemplo, dos telemóveis
Os tipos de utilizações do mobile learning mais frequentes em processos de aprendizagem vão desde a informação de gestão (notificações por SMS para referenciar prazos de inscrições, ou datas de aulas, etc.) ao desenvolvimento de conteúdos de aprendizagem específicos ou ainda para aceder aos repositórios de conteúdos.
Novas formas de aprendizagem formal e informal, exigem novos designs de aprendizagem, integrando diferentes cenários de aprendizagem, da formação presencial, à utilização de plataformas e modelos e-learning e o uso de dispositivos móveis. Todos estes modos de aprendizagem devem ser integrados de forma a potenciar o seu acesso pelos utilizadores.
Como menciona Keegan (2008b) e como supracitado, não são obrigatoriamente as tecnologias com as pedagogias mais adequadas que triunfam na educação a distância, mas o que promove o sucesso são as tecnologias que estão disponíveis e acessíveis às pessoas.
Assim, os educadores do ensino a distância não podem ignorar as tecnologias móveis e o mobile learning quando planearem o desenvolvimento de ambientes de aprendizagem para os próximos anos.
Um dos objectivos do m-learning é que as aprendizagens sejam avaliadas com o mesmo rigor que é aplicado nos cursos de formação presencial e na modalidade de e-learning. Se tal não ocorrer, o mobile learning não será incorporado no sistema educatico com sucesso. Continuará a ser um projecto com as fragilidades que um projecto deste género implica.

Keegan, D. (ed) (2006) Mobile learning: a practical guide. Dun Laoghaire: Ericsson.

Keegan, D. (2008b): How Successful is Mobile Learning? Presentation to the The European Consortium for the learning Organisation, ECLO – 15th International conference, ‘Never Stop Asking – The Age of Life Long Learning’, Budapest, May 15th-16th 2008.

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